A Ficção Científica é o gênero da ficção que apresenta em seu enredo temáticas futuristas advindas da ciência e tecnologia tais como viagem temporal, viagem mais rápida que a luz, naves espaciais, universos paralelos, robôs, androides e até mesmo a possibilidade de vida alienígena.
Muitos de seus autores buscam explorar a potencial consequência da ciência e suas inovações, mas também exploram a maneira como o ser humano se relaciona e até mesmo como nossa sociedade se desenvolve diante de fatos diferentes dos atuais, e assim, acaba por reunir e explorar em conjunto outros temas literários tais como Terror, Romance, Suspense, etc.
E como um dos grandes exemplos, um dos maiores pelo menos, eu devo citar Perry Rhodan. Uma história de ficção científica do subgênero Space opera que enfatiza a aventura espacial através da exploração de cenários exóticos e personagens épicos.
Especificamente a série foi criada por K. H. Scheer e Clark Darlton, dois autores alemães de FC. O primeiro livro intitulado “Missão Stardust” (Unternehmen Stardust) foi lançado no dia 8 de setembro de 1961 e alcançou uma tiragem de 35 mil exemplares. Inicialmente a série foi concebida para ser uma trilogia, mas ela se tornou um sucesso duradouro e atualmente já ultrapassou 35 ciclos e mais de 2767 livros. Isso sem contar o reboot intitulado Perry Rhodan NEO que já está no número 77.
Os ciclos foram criados para facilitar o acompanhamento da narrativa por novos leitores, cada ciclo divide-se em cerca de cinquenta ou cem episódios e forma um arco de histórias fechado em si. Assim, a cada novo ciclo os autores apresentam novas situações, diferentes ambientes e novos personagens, até o seu desfecho dezenas de episódios adiante.
Mais informações em: http://perryrhodan.us/php/allCycles.php
A série sempre foi escrita por uma equipe de autores que se alternam - uma prática conhecida como “mundo partilhado” ou shared world - e segue um periódico semanal do tipo novela que é uma narração em prosa de menor extensão do que o romance, pois apresenta uma maior economia de recursos narrativos, mas em comparação ao conto ele oferece um maior desenvolvimento de enredo e personagens. E a maioria do material impresso sempre foi do tipo de livro de bolso pulp. Ou seja, revistas feitas com papel de baixa qualidade (a "polpa") criadas a partir do início da década de 1900.
Interessante comentar que Pulp Magazines geralmente eram dedicadas às histórias noir, além de fantasia e ficção científica e não raro o termo "pulp fiction" foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas. A despeito disso, vários escritores famosos já trabalharam em pulps, como Isaac Asimov que escreveu para a Astounding Science Fiction, dentre outras.
Os ciclos foram criados para facilitar o acompanhamento da narrativa por novos leitores, cada ciclo divide-se em cerca de cinquenta ou cem episódios e forma um arco de histórias fechado em si. Assim, a cada novo ciclo os autores apresentam novas situações, diferentes ambientes e novos personagens, até o seu desfecho dezenas de episódios adiante.
Ciclos
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Números
|
Título em Inglês
|
1
|
1-49
|
The
Third Power
|
2
|
50-99
|
Atlan
and Arkonis
|
3
|
100-149
|
The
Posbis
|
4
|
150-199
|
The
Second Empire
|
5
|
200-299
|
The Masters of the Island
|
6
|
300-399
|
M 87
|
7
|
400-499
|
The
Cappins
|
8
|
500-569
|
The
Swarm
|
9
|
570-599
|
The Old
Mutants
|
10
|
600-649
|
The
Cosmic Game
|
11
|
650-699
|
The
Council
|
12
|
700-799
|
Aphilie
|
13
|
800-867
|
Bardioc
|
14
|
868-899
|
Pan-Thau-Ra
|
15
|
900-999
|
The
Comsic Fortresses
|
16
|
1000-1099
|
The
Cosmic Hanse
|
17
|
1100-1199
|
The
Endless Armada
|
18
|
1200-1299
|
Chronofossils
and Vironauts
|
19
|
1300-1349
|
The Travelers of the Net
|
20
|
1350-1399
|
Tarkan
|
21
|
1400-1499
|
The
Cantaros
|
22
|
1500-1599
|
The
Linguides
|
23
|
1600-1649
|
The
Ennox
|
24
|
1650-1699
|
The Big
Void
|
25
|
1700-1749
|
The
Ayindi
|
26
|
1750-1799
|
The
Hamamesch
|
27
|
1800-1875
|
The
Tolkandians
|
28
|
1876-1899
|
The
Heliotic Fortresses
|
29
|
1900-1949
|
The
Sixth Messenger
|
30
|
1950-1999
|
Materia
|
31
|
2000-2099
|
The
Solar Residence
|
32
|
2100-2199
|
The
Tradom Empire
|
33
|
2200-2299
|
The
Ocean of Stars
|
34
|
2300-2399
|
Terranova
|
35
|
2400-2499
|
Negasphere
|
36
|
2500-2599
|
Stardust
|
37
|
2600-2699
|
Neuroverse
|
A série sempre foi escrita por uma equipe de autores que se alternam - uma prática conhecida como “mundo partilhado” ou shared world - e segue um periódico semanal do tipo novela que é uma narração em prosa de menor extensão do que o romance, pois apresenta uma maior economia de recursos narrativos, mas em comparação ao conto ele oferece um maior desenvolvimento de enredo e personagens. E a maioria do material impresso sempre foi do tipo de livro de bolso pulp. Ou seja, revistas feitas com papel de baixa qualidade (a "polpa") criadas a partir do início da década de 1900.
Interessante comentar que Pulp Magazines geralmente eram dedicadas às histórias noir, além de fantasia e ficção científica e não raro o termo "pulp fiction" foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas. A despeito disso, vários escritores famosos já trabalharam em pulps, como Isaac Asimov que escreveu para a Astounding Science Fiction, dentre outras.
Já aconteceram diversas reedições, incluindo edições totalmente revisadas em formato de capa dura e nas décadas que se seguiram, a história já foi transformada em histórias em quadrinhos, itens de colecionador, enciclopédias, áudios, etc. Existe até um filme (muito criticado pelos fãs) intitulado Mission Stardust de 1967.
Segue abaixo o trailer mas, se você tiver coragem e paciência, você pode assistir o filme completo no Youtube.
Pessoalmente, eu conheci a série de Perry Rhodan no ano de 1989 durante uma das frequentes rondas que eu fazia pelos sebos da cidade de Londrina no Paraná. Na época, eu era viciado pelos livros de Isaac Asimov, mas, acabei fiquei intrigado pela quantidade de diferentes histórias que a série oferecia.
Desde o momento que eu comprei o primeiro número eu não consegui parar de ler e de refletir sobre todas as diferentes ideias e conceitos apresentados nos livros. Acredito que boa parte do meu interesse por jogos de computador e pela área de tecnologia tenha sido influenciada pela série.
Os primeiros volumes falam de uma história que se inicia no ano de 1971 pois os autores inicialmente haviam projetado os eventos para dez anos no seu futuro. Na história, o Major americano Perry Rhodan e os tripulantes da nave espacial Stardust encontram no lado escuro da Lua uma espaçonave avariada e comandada pelos Arcônidas, Crest e Thora.
Como eles explicam para o major, esta nave de imenso poder e tecnologia, era proveniente de um vasto império estelar em decadência. A partir desse encontro a história se desenrola e avança progressivamente pelos séculos e milênios adiante, criando assim toda a história futura da Humanidade, bem como sua expansão pelo universo, através do encontro com outras raças alienígenas, mutantes, robôs e diferentes tecnologias que se entrelaçam em uma grandiosa Epopeia.
Posso resumir que primeiro ciclo de 1971 mostra um herói revolucionário que luta para resolver a divisão do mundo pela Guerra Fria e assim unir a humanidade que deve enfrentar os derradeiros problemas do cosmos. Da mesma maneira, ciclos a frente, podemos encontrar um Rhodan de 2036 (sim, ele ficou imortal em um dos ciclos) que continua defendendo a humanidade só que dessa vez, contra diversas superpotências planetárias.
Enfim, se você gosta de ficção científica essa é uma série que vale a pena conhecer. A quantidade de personagens, alienígenas, monstros, situações e mundos até hoje continuam me surpreendendo.
Perry Rhodan chegou ao Brasil em 1966 e foi traduzido de uma edição francesa que agrupava os dois primeiros episódios: Missão Stardust e A Terceira Potência. Logo depois, a série é realmente lançada em 1975 pela Ediouro. Atualmente ela é publicada pela SSPG, de Belo Horizonte. Para mais informações acesse o site. http://www.perry-rhodan.com.br
Desde o momento que eu comprei o primeiro número eu não consegui parar de ler e de refletir sobre todas as diferentes ideias e conceitos apresentados nos livros. Acredito que boa parte do meu interesse por jogos de computador e pela área de tecnologia tenha sido influenciada pela série.
Os primeiros volumes falam de uma história que se inicia no ano de 1971 pois os autores inicialmente haviam projetado os eventos para dez anos no seu futuro. Na história, o Major americano Perry Rhodan e os tripulantes da nave espacial Stardust encontram no lado escuro da Lua uma espaçonave avariada e comandada pelos Arcônidas, Crest e Thora.
Como eles explicam para o major, esta nave de imenso poder e tecnologia, era proveniente de um vasto império estelar em decadência. A partir desse encontro a história se desenrola e avança progressivamente pelos séculos e milênios adiante, criando assim toda a história futura da Humanidade, bem como sua expansão pelo universo, através do encontro com outras raças alienígenas, mutantes, robôs e diferentes tecnologias que se entrelaçam em uma grandiosa Epopeia.
Posso resumir que primeiro ciclo de 1971 mostra um herói revolucionário que luta para resolver a divisão do mundo pela Guerra Fria e assim unir a humanidade que deve enfrentar os derradeiros problemas do cosmos. Da mesma maneira, ciclos a frente, podemos encontrar um Rhodan de 2036 (sim, ele ficou imortal em um dos ciclos) que continua defendendo a humanidade só que dessa vez, contra diversas superpotências planetárias.
Enfim, se você gosta de ficção científica essa é uma série que vale a pena conhecer. A quantidade de personagens, alienígenas, monstros, situações e mundos até hoje continuam me surpreendendo.
Uma das melhores referências que posso citar, e que surgiu bem antes do Guaxinim Antropomórfico da Marvel Rocket Raccoon ficar famoso no cinema é o alienígena, que parece um rato-castor, Gucky. Um mutante da raça dos Ilts dotado de grandes capacidades de telecinésia, teleporte e telepatia.
Enfim, para mais informações sobre a série acesse:
Excelente! Tive a oportunidade de ler vários da edição de bolso.
ResponderExcluirEm 1977, após o êxito mundial do primeiro filme da série de longas-metragens de "Guerra nas Estrelas", entrei em contato pela primeira vez com Perry Rhodan, por um vizinho de meu prédio. Mas depois de ler um dos livros dele, li Ray Bradbury e a comparação foi inevitável. "F de Foguete" ("R is for Rocket") se sucedeu a "E de Espaço" ("S is for Space"), e o que se seguiu foi "Os Frutos Dourados do Sol" ("The Golden Apples of the Sun")... e depois, de uma vez só (ou quase...) quase todos os outros livros da Hemus Editora.
ResponderExcluirO fato é que Perry Rhodan foi uma boa experiência, que alguns poderão considerar ultrapassada. É a verdadeira "space opera", que me lembra muito Keith Laumer e o seu fenomenal "Sangue da Terra", uma realista aventura no espaço, em que, assim como a série de Perry Rhodan, revela o tino desbravador que a raça humana tem, desde os tempos dos primeiros homens modernos, os Homo Sapiens Sapiens, desde há de 20 mil anos. E que continua até hoje, com a viagem à Lua e os projetos de exploração de Marte e Titã.
Perry Rhodan é a maior série de Ficção Científica já escrita. Na década de 1980, contava já com mais de duzentos números, se não estou enganado. De um sucesso colossal, atingir hoje a casa de 2700 volumes é algo que soa inimaginavelmente fantasioso.
É excelente que haja hoje em dia, cada vez mais, leitores desse gênero de literatura, que proporciona a todos horas de diversão, relaxamento e uma fuga temporária dos problemas e stress do dia-a-dia!