Mudança de opinião...

A cidade se erguia austera sobre o céu azul límpido, a correria diária era comum e nada humano poderia mudar seu ritmo inexorável, nada humano...

Era um dia quente no meio de uma semana chuvosa quando retornei à cidade, e tendo descansado nas duas últimas semanas nas montanhas não sei como voltaria a me acostumar com toda aquela correria. Foi quando aconteceu.

Tudo parecia um sonho, um grande estrondo irrompeu no ar e um grande objeto apareceu no céu, as pessoas fugiam e desmaiavam no meio da rua, a violência irrompeu em focos incontroláveis, acreditava piamente que nada poderia ser pior que a loucura humana, quando eles vieram.

De algumas aberturas na superfície do gigante objeto metálico que estava sobrevoando nossas cabeças sairam criaturas que nem em meus piores pesadelos vislumbrei, grandes, reptilianos e feios eles dilaceravam a população em pânico, e eu assistia à tudo isso corajosamente debaixo de uma carruagem.

Ledo engano, eles não se importavam em apenas destruir pessoas, mas sim tudo o que estivesse à sua frente, e logo meu carro estava sendo destruído por aquelas aberrações com garras e dentes enormes.

Não sei como, mas fui jogado para o outro lado da rua com uma batida de cauda de um dos seres, tentei me mexer, mas minhas costelas estavam quebradas.

Pensei, porque voltei do campo??? Lá era mais seguro!!!

Então outro grito de dor irrompeu ao meu lado e eu vi uma das criaturas se aproximando, ela arrancava a perna do homem próximo de mim e me fitava com um olhar embotado de sangue.

Gritei como nunca teria gritado em minha vida, isso não surtiu nenhum efeito e eu logo estava sendo dilacerado pelos afiados dentes daquela criatura.

Acordei ainda gritando e me vi deitado em um esteirado dentro da barraca que havia alugado para o final de semana. E eu não havia voltado ainda para a cidade! Tudo tinha sido apenas um sonho maluco!

De repente ouvi um grito próximo, idêntico ao do meu sonho, eram eles! Aquelas criaturas reptilianas gigantes estavam bem atrás de mim!!!

Não sei como, mas arrumei minhas coisas tão rápido que quando vi já estava na rodovia. Só sei que nunca mais volto ao campo, prefiro à cidade, é muito mais seguro por lá!





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